Câncer de Pele

Home Carcinoma Basocelular
O que é o carcinoma basocelular?

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente no Brasil e no mundo. Tende a crescer de forma lenta e raramente se espalha para outros órgãos (1 a cada cem mil casos). Entretanto, localmente pode invadir estruturas vizinhas quando não tratado ou quando tratado inadequadamente.

Quais os locais mais acometidos pelo carcinoma basocelular?

Áreas expostas ao sol, especialmente na cabeça e no pescoço. Entretanto, com menor frequência, pode ocorrer em partes do corpo protegidas do sol.

Como o carcinoma basocelular se manifesta?

O carcinoma basocelular pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do subtipo histológico (forma como se organiza microscopicamente), sendo que há 5 subtipos principais:

Nodular ou sólido: manifesta-se geralmente com um aumento de volume na área afetada, levemente translúcido (aspecto “perolado”), ou avermelhado. Pequenos vasos sanguíneos são frequentemente visíveis.  Em alguns casos pode ter áreas castanhas.

Superficial: mancha avermelhada que pode ter pequenas feridas. Essa forma é mais comum no tronco.

Micronodular: elevação esbranquiçada na pele podendo ter áreas avermelhadas.

Infiltrativo: mancha firme semelhante a uma cicatriz, sem uma borda claramente definida.

Esclerodermiforme: semelhante ao infiltrativo, mas geralmente mais endurecido.

Importante mencionar que cerca de 1/3 dos carcinomas basocelulares apresentam mais do que um subtipo, podendo combinar as características acima. Além disso, em raros casos, pode se manifestar de outras formas.

O carcinoma basocelular causa dor ou coceira?

Geralmente, o carcinoma basocelular é indolor e não coça. Em alguns casos, pode sangrar após trauma leve como encostar a toalha, ou de forma espontânea.

Qual a principal causa do carcinoma basocelular?

A maioria dos carcinomas basocelulares é causada por exposição a longo prazo à radiação ultravioleta (UV) da luz solar.

Quais são os principais fatores de risco para desenvolver carcinoma basocelular?

– Exposição solar ao longo da vida, incluindo a infância e adolescência. O dano da radiação ultravioleta é cumulativo, ou seja, mesmo após um longo período sem se expor ao sol, o câncer de pele pode se desenvolver. 

 – Pessoas de pele, cabelos ou olhos claros. Entretanto, também é comum em pessoas de cabelos castanhos e/ou com pele morena.

 – Aumento da idade. A maioria dos carcinomas basocelulares ocorre em pessoas com mais de 60 anos. Mas também pode afetar adultos mais jovens e está se tornando mais comum em pessoas entre 20 e 30 anos.

 – História pessoal ou familiar de câncer de pele. 

 – Pacientes que foram submetidos à radioterapia por outras causas podem desenvolver carcinoma basocelular na região tratada. 

 – Uso de medicamentos imunossupressores (que suprimem o sistema imunológico).

 – Certas doenças genéticas raras podem aumentar o risco de carcinoma basocelular, incluindo síndrome de Gorlin e xeroderma pigmentoso.

O que acontece se o carcinoma basocelular não for tratado ou for tratado inadequadamente?

O carcinoma basocelular cresce lentamente. Entretanto, ao longo do tempo, pode invadir estruturas profundas como cartilagem, músculo ou osso. Em raríssimos casos, pode se espalhar para gânglios ou outros órgãos.

Como posso prevenir o carcinoma basocelular?

 – Evitar exposição solar entre 10h00 e 16h00.

 – Usar protetor solar o ano todo, de preferência de amplo espectro e FPS > 30, mesmo em dias nublados.

 – Usar óculos escuros e chapéu.

Apesar de não evitar o surgimento do carcinoma basocelular, visitas regulares ao dermatologista auxiliam no diagnóstico precoce. 

Como é feito o diagnóstico do carcinoma basocelular?

Muitos tumores podem ser diagnosticados pelo exame físico. Geralmente é realizada uma biópsia de pele que, além de confirmar o diagnóstico, ajuda a definir as características do carcinoma basocelular, influenciando diretamente na escolha do tratamento.

Qual o tratamento do carcinoma basocelular?

A escolha do tratamento depende de alguns fatores como local da lesão, subtipo histológico (sólido/nodular, superficial, micronodular, infiltrativo ou esclerodermiforme), tamanho, se é bem ou mal delimitado, e se é recidivado (já tratado anteriormente). Tumores localizados no rosto geralmente têm indicação cirúrgica, pois é o tratamento com maior chance de cura. 

Cirúrgica Micrográfica de Mohs

É o método com a maior taxa de cura e que possibilita preservar pele sadia. Durante o procedimento, as margens cirúrgicas são removidas e examinadas no microscópio até que não restem células tumorais. Isso permite que o cirurgião de Mohs tenha certeza de que todo o câncer foi removido sem sacrificar pele saudável. 

A cirurgia de Mohs normalmente é indicada na presença de ao menos um dos critérios abaixo:

– Tumores no rosto.

– Bordas mal delimitadas.

– Subtipo agressivo.

– Tumores recidivados.

Cirurgia Convenvional

Neste procedimento, o médico retira o tumor visível e uma margem ao redor aparentemente saudável (“margem de segurança”). O tecido removido é examinado no microscópio dias depois e em pequenas amostras (cerca de 1% das margens são avaliadas).

A cirurgia convencional é indicada para boa parte dos carcinomas basocelulares, geralmente localizadas no tronco e membros. Também pode ser realizada no rosto, mas implica na remoção de mais pele ao redor do tumor (“margem de segurança”).

Radioterapia

A radioterapia utiliza feixes de alta energia para matar células cancerígenas. Pode ser indicada quando o paciente não pode ser submetido à cirurgia. Em raros casos (quando há invasão de algum nervo grande pelo câncer, por exemplo), radioterapia é usada como tratamento complementar após a cirurgia. 

Criocirurgia

Este tratamento envolve o congelamento de células cancerígenas com nitrogênio líquido. Pode ser uma opção para o tratamento de carcinomas basocelulares iniciais, superficiais e localizados no tronco ou membros. 

Tratamentos Tópicos

Cremes ou pomadas podem ser considerados no tratamento de carcinomas basocelulares superficiais localizados em áreas como tronco e membros.

Terapia Fotodinâmica

Este tratamento consiste na aplicação local de um medicamento que torna as células cancerígenas sensíveis à luz. Em seguida, a área é exposta à luz, que destrói as células cancerígenas. 

Devido à limitada penetração na pele, a terapia fotodinâmica é apenas indicada para carcinomas basocelulares superficiais. Mesmo nesses casos, a taxa de cura é de aproximadamente 60%.  

 

 

Agendar consulta