Geralmente os pacientes perguntam em consultório como será a cicatriz após a remoção de um câncer de pele no rosto. Por essa razão, é fundamental entender a “geometria” envolvida na reconstrução de uma ferida operatória para evitar grandes surpresas no pós-operatório.

As feridas operatórias geralmente têm o formato de um círculo, o que exige cortes adicionais para que possam ser fechadas. Do ponto de vista geométrico, é “impossível” fechar um círculo. Vamos fazer uma comparação com um furo na roupa… o que ocorre quando se aproximam dois lados do furo circular? Formam-se pregas.
Na nossa pele ocorre o mesmo fenômeno geométrico. E a remoção dessas pregas de pele (um triângulo de cada lado) é inerente ao processo de fechamento de uma ferida. Ou seja, a ferida circular é transformada em uma elipse. Por essa razão, a cicatriz final é sempre maior que o círculo (pelo menos duas vezes o seu diâmetro).

Quanto menor for o diâmetro da ferida oval ou redonda, menor será a necessidade do corte das pregas. A cirurgia de Mohs permite remover o mínimo necessário de pele sadia ao redor do câncer, sem a necessidade de remover as margens de segurança como acontece na cirurgia convencional, o que tem um impacto drástico no tamanho final da cicatriz.

Em resumo, quanto menor é o círculo, menores serão os triângulos e menor será a cicatriz final.

Vale lembrar que o objetivo número 1 da cirurgia de Mohs é a análise completa das margens que proporciona maior taxa de cura. O segundo benefício é minimizar a remoção de pele sadia levando a menores cicatrizes.

O que foi mencionado acima vale para fechamento “borda a borda”, mas não para outros métodos de fechamento como cicatrização espontânea, retalhos ou enxertos.

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Dr. Felipe Cerci
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